Moradores de Limoeiro do Ajuru sofrem com descaso do poder público!

Rodovia intrafegável e escolas precárias são apenas alguns dos problemas. Prefeitura não se manifestou sobre o assunto.
22/06/2015 15h31 - Atualizado em 22/06/2015 15h59.

Do G1 PA.

Foto Aérea de Limoeiro do Ajuru - PMLA.

Foto Aérea e Ribeirinha de Limoeiro do Ajuru - PMLA.

Moradores de Limoreiro do Ajuru, município do nordeste do Pará, sofrem com o descaso do poder público: rodovia em péssimas condições de tráfego, lixão à beira da via e escolas em situação de abandono são apenas alguns dos problemas que a população enfrenta. A prefeitura do município não se posicionou sobre o assunto.

Chegar à cidade pela principal rodovia representa um desafio para motoristas, já que a BR-422, que liga Cametá a Limoeiro do Ajuru, não tem asfalto. Em épocas de fortes chuvas, a estrada, com cerca de 50 km, fica tomada por atoleiros e completamente intransitável. Além disso, um lixão - para onde é enviado todo o resíduo produzido pela população e sem qualquer tratamento - recepciona os visitantes logo na entrada do município.

“A gente passa e os urubus estão todos aqui. Isso é um absurdo!”, reclama a professora Josélia Leão.

No colégio estadual João Ludovico, as calçadas estão cheias de mato e buracos, os corredores  não têm conservação, as paredes das salas possuem cupins e a fiação elétrica está totalmente exposta. No final do mês de maio, uma equipe do Corpo de Bombeiros realizou uma vistoria no local e um laudo indicou a necessidade de reformas gerais, além de um projeto de proteção contra incêndio. Os bombeiros também interditaram a quadra poliesportiva, pois a estrutura foi comprometida, correndo o risco de desabar a qualquer momento.

“Qualquer dia desses, isso pode desabar em cima da gente”, teme o estudante Marcos Fernandes.

Já na escola municipal Abelardo Leão, os alunos denunciam que falta lanche. ”Não teve merenda quase o mês inteiro”, conta uma estudante.

Os estudantes que moram na região das ilhas ainda enfrentam mais uma dificuldade para poder ir até as escolas, já que as lanchas de transporte escolar estão paradas. Os barqueiros, que alugam embarcações à prefeitura para transportar os estudantes ribeirinhos, reclamam que estão com o pagamento atrasado há dois meses.

"A gente passa duas horas na ‘rabeta’ para receber. Saímos de casa 4h30 da manhã, chegamos aqui e não tem dinheiro”, reclama o barqueiro Valdir Rodrigues.

Nas margens do rio Tocantins está prevista a construção de uma orla com o custo de R$ 632 mil, mas no local não há operários trabalhando. Em outra área do município, deverá ser feita a construção de uma creche com 12 salas, porém, o trabalho foi interrompido. Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no mês de julho uma equipe será enviada para fazer a vistoria da escola João Ludovico e, dependendo da situação, deverá elaborar um projeto de reforma da escola.

Passarelas em Limoeiro do Ajuru - Foto: Internet.

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