Um país condescendente com a corrupção não tem saída!

Ser condescendente com a corrução representa deixar corruptos impunes, que escapam das teias da Justiça.
Por: O Liberal.

Ser condescendente com a corrupção, como a que grassa no Brasil há cinco séculos, é ser conivente com a derrocada de valores éticos que resulta em roubalheiras sem fim.

Ser condescendente com a corrupção, no Brasil ou nos cafundós do mundo, é desprezar o fato de que os corruptos normalmente se confinam em castas, cevando-se dos butins de seus crimes, em detrimento de milhares, de milhões de pessoas que enfrentam carências humilhantes.

Ser condescendente com a corrução representa deixar corruptos impunes, que escapam das teias da Justiça não porque foram inocentados dos crimes que cometeram, mas porque operou-se a extinção da punibilidade por prescrição, como aconteceu há pouco com malfeitor paraense exercente de mandato parlamentar, que foi favorecido por tal instituto porque já completou 70 anos de idade e continuará impune, muito embora jamais consiga dissociar seu nome e sobrenome de ladroagens colossais.

Ser condescendente com a corrupção é disseminar na sociedade a sensação de que os agentes públicos podem valer-se de vis expedientes, de sórdidas condutas para se locupletarem criminosamente, desfalcando o erário de somas imprescindíveis para a consecução de políticas que poderiam minorar a exclusão em que se encontram expressivas camadas da população.

Um país que condescende com a corrupção não tem saída, não tem futuro, não tem alternativa.

É nesse sentido que sobressaem como das mais relevantes as declarações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ser sabatinado ontem, durante mais de 10 horas, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

“Não há futuro viável se condescendermos agora com a corrupção. Não há país possível sem respeito à lei. O que tem sido chamado de espetacularização da Operação Lava Jato nada mais é que a aplicação de fundamental princípio da República: ‘Todos são iguais perante a lei’. Como disse, ‘pau que bate em Chico bate também em Francisco’”, disse Janot.

É claro: ‘”Não há futuro viável se condescendermos agora com a corrupção. Não há país possível sem respeito à lei.” A Lava Jato está aí mesmo para demonstrar a extensão da rapinagem praticada contra os cofres da Petrobras.

Os crimes já denunciados envolvem pagamentos de propinas estimados em R$ 6,1 bilhões, com bloqueio de bens de R$ 2,4 bilhões e R$ 870 milhões recuperados. Na área cível, são cinco ações de improbidade administrativa contra 37 empresas e pessoas físicas, que pedem o ressarcimento de R$ 6,7 bilhões.

É preciso que ninguém perca a noção sobre essas pilhagens bilionárias, para que se tenha sempre muito presente o risco que o país corre, se condescender com a corrupção.

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