Aprovação de cotista na UEPA é investigada pelo MPE!

Estudante aprovada em Medicina é bolsista de escola na qual o pai é sócio. Caso virou polêmica nas redes sociais.

Por: Redação ORM News.





O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito, no início da tarde desta quarta-feira (14), para investigar possíveis irregularidades na aprovação da estudante Bruna Karla Barata Cancela no curso de Medicina da Universidade Estadual do Pará (UEPA), no processo seletivo 2015.
Bruna foi alvo de críticas nas redes sociais por ter realizado a prova na condição de cotista, mesmo sendo filha de um dos sócios do colégio Equipe, o professor Walter Cancela.
Além do inquérito, o MPE solicitou, por meio da promotora de justiça Maria das Graças Corrêa Cunha, que a UEPA divulgue informações detalhadas sobre as providências que serão adotadas em relação à situação da estudante, no prazo de 48 horas. A universidade deve ser notificada até o final da tarde de hoje.

Segundo o MPE, a promotora marcará os depoimentos e tomará as atitudes judiciais cabíveis de acordo com o posicionamento da instituição de ensino.
O procurador da República Alan Mansur foi quem notificou o MPE sobre o caso. No oficio encaminhado à instituição na terça-feira (13), Mansur cita que ‘há indicações de que houve burla à própria finalidade das cotas em universidade pública, em desvirtuamento às cotas para obter vantagem’, sugerindo a investigação sobre irregularidade na utilização das cotas pela estudante.
Em nota oficial, a UEPA informou que para obter as cotas sociais o estudante deve ter cursado integralmente o ensino médio em escolas da rede pública ou ter sido bolsista integral na rede privada de instituições paraenses e que a condição de cotista deve ser confirmada por qualquer estudante aprovado no ato da matrícula, marcada para os dias 26 e 30 deste mês.
A universidade ainda destacou que, de acordo com os editais, o candidato que se inscreveu como cotista e não conseguir comprovar a condição perderá a vaga obtida.
No Facebook, a mãe da estudante, Karla Cancela, afirmou que a filha não praticou ato imoral e que tem direito à vaga por ser bolsita em escola privada desde os três anos de idade, quando começou a estudar. A mensagem foi compartilhada por seguidores da mãe da estudante, mas foi apagada posteriormente. Leia trecho abaixo:

Outro lado

O pai da estudante e professor do colégio Equipe, Walter Cancela, alegou que a aprovação de Bruna é legal e está de acordo com as regras da UEPA. Cancela também argumentou que o edital ‘não especifica comprovação de renda ou cor’ para o uso da condição de cotista.
Segundo ele, por ter sido bolsista durante todo o Ensino Médio, Bruna se encaixa na condição de cota da universidade. ‘Minha filha não é bolsista porque me tornei um dos diretores do colégio, mas sim porque sou professor e como todo filho de professor, tem direito a bolsa integral’, disse.

O pai da estudante ainda expressou a surpresa com a repercussão do caso e afirmou que é comum que filhos de professores se inscrevam como bolsistas para realizar provas de vestibulares em Belém.

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